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Os meses de outubro e novembro são marcados pela fundamental mobilização para a conscientização de uma das maiores causas de mortes em mulheres e homens em todo mundo: o câncer de mama e o câncer de próstata. Com campanhas como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o país fortalece a cultura da prevenção e da detecção precoce – melhor caminho para garantir a saúde e a qualidade de vida populacional.

 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) a prevenção está ligada a duas abordagens distintas. A primeira é impedir que o câncer se desenvolva, ou seja, evitar a exposição aos fatores de risco adotando estilos de vida mais saudáveis. A segunda está em detectar e tratar doenças pré-malignas ou cânceres ainda quando são assintomáticos e estão em seus estágios iniciais. E nesse momento a medicina diagnóstica assume papel extremamente relevante.

 

 CÂNCER DE MAMA

 

Segundo dados do INCA, quando ocorre uma alteração de alguns trechos das moléculas de DNA, é desenvolvida a multiplicação desordenada de células anormais da mama, o que ocasiona um tumor maligno que ataca o tecido mamário. Entretanto, vale novamente ressaltar, na maioria dos casos, quando tratados corretamente e com antecedência, apresentam um bom prognóstico.

 

 

SINAIS E SINTOMAS

 

O câncer de mama pode ser detectado em sua fase inicial, pelos seguintes sinais e sintomas:

O médico deverá investigar esses sinais e sintomas para que seja avaliado o risco de se tratar de um câncer. Sempre se faz necessário frisar a importância da realização do autoexame em suas mamas, sempre que se sentirem confortáveis, pois é importante avaliar qualquer alteração mamária. Caso ocorra alguma alteração, é necessário procurar rapidamente o serviço de saúde para realizar o diagnostico.

– Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher;
– Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
– Alterações no bico do peito (mamilo);
– Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
– Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos;
– Presença de linfadenopatia axilar;
– Qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos;
– Descarga papilar sanguinolenta unilateral;
– Lesão eczematosa da pele que não responde a tratamentos tópicos.

 

 

PREVENÇÃO

 

A prevenção do câncer de mama é pautada no auto exame, na realização da mamografia a cada dois anos, especificamente em mulheres acima de 50 anos, e no desenvolvimento de hábitos saudáveis, pois cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, tais como:

 

– Praticar atividade física;
– Alimentar-se de forma saudável;
– Manter o peso corporal adequado;
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– Amamentar;
– Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.

 

Dessa forma, a inclusão desses hábitos o quanto antes na sua rotina trará benefícios consideráveis para sua vida, além de prevenir o câncer de mama, principalmente se você estiver com a idade na faixa de 50 anos ou mais.

 

 

TRATAMENTO

 

O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo).

Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

Também vale lembrar da Lei 30 dias, publicada no Diário Oficial no dia 28 de abril de 2020, que determina que os exames necessários para a confirmação do diagnóstico de câncer aconteçam em até 30 dias no SUS.

 

 

 CÂNCER DE PRÓSTATA

 

O Instituto Nacional do Câncer afirma que o câncer de próstata é a multiplicação descontrolada das células da próstata, dando origem a um tumor maligno. Trata-se do segundo tipo de câncer mais frequente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma (menos agressivo). A próstata é uma glândula pertencente ao sistema reprodutor masculino; em consequência, esse tipo de câncer afeta somente os homens – mais especificamente os indivíduos com mais de 50 anos. Entretanto, vale novamente ressaltar, na maioria dos casos, quando tratados corretamente e com antecedência, apresentam um bom prognóstico.

 

SINAIS E SINTOMAS

 

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa, apesar disso pode ser identificado em seu estagio inicial, pelo seguintes sintomas:

– Dor nas articulações.
– Febre.
– Sangue na urina.
– Urgência ao urinar.
– Urinar frequentemente a noite.
– Sensação de queimação ao urinar.
– Dores na área próxima ao genital.
– Dores Abdominais.
– Dores na lombar.

 

PREVENÇÃO

 

A detecção precoce do câncer é uma estratégia utilizada para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento bem sucedido.

A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. No caso do câncer de próstata, esses exames são o toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).

Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de próstata traga mais benefícios do que riscos. Portanto, o INCA não recomenda a realização de exames de rotina com essa finalidade. Caso os homens busquem ativamente o rastreamento desse tipo de tumor, o Instituto recomenda, ainda, que eles sejam esclarecidos sobre os riscos envolvidos e sobre a possível ausência de benefícios desses exames feitos como rotina.

 

TRATAMENTO

 

O diagnóstico é feito através da biópsia prostática por via trans-retal ou trans-perineal e guiada por ultrassonografia e/ou ressonância magnética. A indicação de biópsia depende do toque retal e valores de PSA.

O tratamento depende do estadiamento da doença, da idade e do estado geral de saúde do paciente (Performance Status). Ou seja, cada caso deve ser analisado de forma individual. De uma maneira geral, a cirurgia, a radioterapia e a terapia hormonal costumam ser as opções mais comuns, isoladamente ou em combinação.

 

 

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